Lei de Eficiência Energética em Edificações: Impactos e Obrigações para Engenheiros
O consumo de energia nas edificações representa uma parcela significativa da demanda elétrica no Brasil. Para incentivar o uso racional e eficiente desse recurso, a Lei Federal nº 10.295/2001 — conhecida como Lei de Eficiência Energética — estabelece requisitos e diretrizes para o desempenho energético de edificações, equipamentos e sistemas.

Neste artigo, entenda como a legislação afeta o trabalho de engenheiros e arquitetos, quais são as normas técnicas associadas e como aplicar boas práticas para alcançar eficiência e economia.

O que diz a Lei e o PBE Edifica?
A Lei nº 10.295/2001, regulamentada pelo Decreto nº 4.059/2001, instituiu a obrigatoriedade de limites máximos de consumo de energia para equipamentos e edificações. No setor da construção civil, essa exigência é operacionalizada pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edifica), coordenado pelo Inmetro.

O PBE Edifica classifica edificações quanto à sua eficiência energética, atribuindo notas que vão de “A” (mais eficiente) a “E” (menos eficiente), com base em critérios como:

• Desempenho da envoltória (isolamento térmico e iluminação natural)
• Eficiência dos sistemas de iluminação artificial
• Eficiência dos sistemas de climatização e aquecimento de água

Normas técnicas relacionadas
A avaliação e certificação do desempenho energético de edificações seguem normas específicas, como:

RTQ-C – Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos
RTQ-R – Regulamento Técnico da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edificações Residenciais
ABNT NBR 15220 – Desempenho térmico de edificações
ABNT NBR ISO 50001 – Sistemas de gestão de energia

Quem é responsável pela avaliação?
Somente profissionais habilitados e registrados no Crea podem elaborar estudos, simulações e laudos técnicos para comprovação da eficiência energética, sempre com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

Benefícios da aplicação da lei
Além de atender às exigências legais, a adoção de medidas de eficiência energética traz vantagens como:

• Redução dos custos de operação e manutenção
• Maior conforto térmico e luminoso para usuários
Valorização do imóvel no mercado
• Contribuição para a redução de emissões de gases de efeito estufa

O papel da AEJ e do Crea-SP
A Associação dos Engenheiros de Jundiaí (AEJ) promove a disseminação de boas práticas em eficiência energética por meio de cursos, palestras e publicações técnicas. Em parceria com o Crea-SP, apoia profissionais para que estejam preparados a atender às exigências legais, garantindo edificações mais econômicas, confortáveis e sustentáveis.

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